Maya - Ilusão

Sempre que ouço a palavra Maya, ou ilusão, que é o seu significado, lembro de uma entrevista do Prof. Hermógenes que li, onde ele fala, não sei se citando alguém, ou ele mesmo, que “Quem me desilude, me liberta. Quem me ilude, me aprisiona”, e como a desilusão é importante em nossas vidas, pois se nos desiludimos, nos livramos da ilusão em que estávamos vivendo.

Maya significa ilusão, e o véu de Maya está presente em tudo o que vemos de forma despretensiosa, estar consciente é a forma de evitar Maya, de não deixar se levar por sua ilusão, por suas armadilhas. Maya está presente em nossas vidas o tempo todo, seja em nosso cotidiando, nos nossos pensamentos, e porque não dizer, em nossos sentimentos. Seguimos padrões de comportamento que só encobrem o que verdadeiramente pensamos, somos e sentimos. Além de toda ilusão que não percebemos, acabamos criando nossas próprias ilusões, nosso Maya particular.

Somos seres imortais, espirituais, vivendo e aprendendo na escola da vida, mas nos enxergamos apenas como humanos (carne e osso) que tem que trabalhar, casar, ter filhos, morrer e pronto! Nada mais a se fazer. Nos vemos com uma necessidade absurda de ganhar dinheiro, poupar, sair, nos divertir, como se tudo um dia fosse acabar. Sem aproveitar o presente, o momento atual. Sem aprender as lições atuais, pois nos iludimos pensando que o futuro merece mais cuidados do que o presente.

Não estou falando em ser irresponsável com o futuro. Medidas práticas sempre precisam ser tomadas para garantir que se existir um amanhã, que ele seja o melhor possível, mas precisamos nos perceber com Espíritos que somos, i-m-o-r-t-a-i-s. Percebamos a maravilha e o presente que é nossas vidas, nossa existência, estar passando por este planeta neste momento.

Percebamos o que verdadeiramente importa em nossa atual existência, não nos deixando levar pelas ilusões de conforto (de sentimentos, de atitudes...), evitando os enfrentamentos conosco mesmo, com o que sentimos, com o que pensamos. ACEITEMO-NOS! Sem ilusões. Qual a pior dor? A de saber-se iludido, e o medo da desilusão, pois ela virá (a verdade sempre vem), ou a dor de saber que você mesmo teve a coragem de tirar o véu.

Óbvio que isso não é fácil, nunca será (ou será... quem sabe!), mas tenhamos pelo menos a consciência de quando estivermos nos iludindo. De quando estivermos cobrindo nossas vidas com o véu de Maya. Tire os véus, olhe nos olhos, aceite seus sentimentos, todos eles, chore, ria, desista, insista, erre, aprenda, perca, ganhe, mas.... não se iluda, ou melhor se desiluda sempre, cada vez mais... LIBERTE-SE.



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